quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O6/OUT/2O11


É impressionante a arte que muitas pessoas tem de judiar dos animais e achar que isso não é nada. Eu fico imaginando se um infeliz desse, na pele de um deles, suportaria o que eles suportam.
Hoje vi uma imagem que me deixou perplexa mas que me motivou a não reclamar a toa e alertar outros sempre que eu tiver oportunidade.
Rumo ao trabalho, me deparei com uma cena nada colorida de um cachorrinho, largado em suas patas traseiras, bebendo com muita vontade uma água turva que passeava pelo córrego. Quem observava de longe, dizia: "Que cachorrinho mais folgado e burro! Todo largado e bebendo essa água". Ácido julgamento este!
Quem ficou e pôde assistir a história até o final, pôde entender o tamanho de sua sede e sua "burrice". O pobre cachorrinho, literalmente largado, teve suas patas traseiras violentamente imobilizadas por algum ser que se julga condutor de veículos - digo que ele se julga, pois um condutor de verdade, ciente de seu erro, deparando-se com um acidente, não negaria socorro até mesmo a um animal.
A sede que ele sentia era devido o cansaço que lhe arranjaram. Ele perdeu sua virilidade, sua traquinagem e nem pode reclamar, pois é um animal irracionar - não pensa, não fala - e acho que na visão dos racionais, ele também não deve sentir.
Alguém que é capaz de praticar um ato desse será mesmo um racional? Será mesmo que pensa? Acho que precisamos rever os conceitos de quem realmente são os animais da história.
Sejamos um pouco mais amorosos e cuidados com esses bichinhos (e com nossos similares também) que não têm como se defender de ataques brutais como esses e muitos outros que vemos por ai. Dar amor e cuidado extra não é algo vergonhoso, pelo contrário, não praticá-lo que o é.
Se você se enquadra realmente dentro da espécie mais evoluída, mostre-se e ajude áqueles que ainda não alcançaram, onde poucos chegaram: a compaixão e solidariedade.

Suzane Lima

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